Perguntas Frequentes
A vida útil de um filtro químico, no ambiente industrial, depende de diversos fatores. Os principais são:
a) qualidade e quantidade do carvão ativo ou do reagente contido no filtro. A vida útil é diretamente proporcional a massa de carvão do filtro;
b) nível do esforço físico desenvolvido pelo usuário, e da sua capacidade pulmonar. A vida útil é inversamente proporcional a vazão de ar que passa pelo filtro;
c) natureza química e concentração dos contaminantes. Se a concentração diminui 10 vezes, a vida útil aumenta aproximadamente 5 vezes;
d) afinidade química entre o contaminante e o recheio do filtro;
d) umidade relativa do ar ambiente. Para umidade relativa do ar acima de 85% a vida útil do filtro cai à metade
Um respirador para proporcionar proteção respiratória ao usuário deve estar em perfeitas condições de funcionamento, isto é, seus componentes (válvulas, tirantes, peça facial, filtros) devem estar em bom estado e limpos. A limpeza deve ser feita, após desmontagem parcial do respirador, por lavagem com água morna, sabão neutro e com auxílio de uma escova de cerdas não metálicas. Enxaguar com água limpa e higienizar, por exemplo, conforme indicado no Anexo 4 do PPR-FUNDACENTRO. Deixar secar na sombra. Podem ser usadas, também, máquinas de ultra-som, ou máquinas de lavar louça convenientemente adaptadas. Devido a grande variedade de materiais utilizados, convém seguir as recomendações do fabricante. Não se deve usar álcool, ou solventes para retirar manchas, pois extraem os plastificantes que contribuem para a maciez da peça facial.
No Brasil, a cor do filtro químico usada como meio de identificação do tipo de gases ou vapores contra os quais ele é indicado, não é padronizada. É comum, entre nós, os filtros de origem européia, ou de fabricantes nacionais, com as cores:
vapores orgânicos – marrom
cloro, acido sulfídrico ou cianídrico – cinza
anidrido sulfuroso – amarelo
amônia – verde
Os de origem americana, ou os que seguem esse padrão, obedecem as cores:
vapores orgânicos – preto
gases ácidos – branco
vapor orgânico e gás ácido – amarelo
amônia – verde
Do ponto de vista da proteção respiratória, visado a seleção dos filtros, os contaminantes presentes no ar , podem ser classificados como Particulados, Gases e/ou vapores e a mistura deles. Os gases e/ou vapores são: vapores orgânicos, gases ácidos, gases alcalinos, e especiais. O vapor orgânico contem nas suas moléculas, no mínimo, átomos de carbono, hidrogênio. Ex. álcool etílico (C2H5OH), éter etílico (C2H5OC2H5), acetato de etila (H3COOC2H5), benzeno (C6H6), tricloroetileno (ClHC=CCl2 ), etc.
O gás ou vapor ácido é formado por substâncias, que tem carretar ácido, isto é, ao se dissolverem na água formam os ácidos, fazendo com que o seu pH fique menor que 7. São exemplos: cloro, acido nítrico, óxidos nitrosos, etc.
Os gases ou vapores alcalinos são aqueles que tem caráter alcalino, isto é, ao se dissolverem na água fazem com que seu pH fique maior que 7. Ex. amônia, aminas.
Os gases inorgânicos abrangem os gases ácidos e a amônia, que é alcalino. Alguns fabricantes chamam os gases ácidos, de gases inorgânicos
De acordo com o PPR-FUNDACENTRO, ITEM 4.2.2.2., alínea “j”, se o contaminante for poeira, deve-se usar, em geral, filtro mecânico classe P1. Porem, se a substância for altamente tóxica (LT menor que 0,05 mg/m3), deve-se usar filtro P3.
Não se pode esquecer que para o caso de asbesto e sílica cristalina existe recomendação especial (ver Instrução Normativa n. 1 de 11/4/94, ou PPR-FUNDACENTRO). Por exemplo:
– para asbesto, até 2 fibras/cm3 , usar filtro P2; até 10 fibras/ cm3 , usar P3; etc.
-para sílica cristalina, só se pode usar filtro P1 se o diâmetro aerodinâmico, médio mássico for maior que 2µm. Se for menor, deve-se usar P3.
A resposta é: influe. Vamos analisar duas situações.
Se o filtro químico for do tipo vapor orgânico, a retenção desse vapor se dará pelo mecanismo físico denominado adsorção. Neste caso, quanto maior for a temperatura do ar, menor será a eficiencia do filtro.
Alguns filtros contra gases ácidos retém estes contaminantes por reação química entre o contaminante e o reagente que está impregnando a superfície do carvão. Neste caso, quanto maior for a temperatura mais eficiente será o filtro.
O risco potencial das substâncias químicas na forma de partículas sólidas ou líquidas, depende do tamanho da partícula bem com da sua concentração mássica, uma vez que: 1) o local de deposição no trato respiratório depende do tamanho das partículas; 2) muitas doenças ocupacionais estão associadas à deposição do material numa regiião particular do trato respiratório. Dai as definições:
Partículas inaláveis: Partículas que são perigosas quando depositadas em qualquer lugar do trato respiratório (desde a região nasal até os alvéolos) .
Partículas torácicas: Partículas que são perigosas quando depositadas em qualquer lugar das vias pulmonares ( traquéia, bronquios, bronquíolos), e na região de troca gasosa (alvéolos).
Partículas respiráveis: Partículas que são perigosas quando depositadas na região de troca gasosa (álvéolos).
Poeira total: Massa total de partículas coletadas num amostrador. Os LT expressos em termos de poeira total tendem a ser substituidos por poeira inalável, respirável e torácica
Os respiradores de linha de ar comprimido podem usar o ar comprimido de rede, de cilindros (carretas). ou diretamente proveniente de compressores portáteis. Qualquer que seja o caso, o ar deve ser de qualidade respirável, isto é deve satisfazer os requisitos contidos no PPR-FUNDACENTRO. 2a. edição, ITEM 8.5, que é o ar grau D, da Compressed Gas Association:
Qualquer corpo estranho (barba, bigode, cabelos longos, pano, etc) que fique entre o rosto e a aba de vedação da peça facial favorece a penetração dos contaminantes diminuindo drasticamente o nível de proteção proporcionado pelo respirador. Tal cobertura seria aceitável se o pano não chegar nunca à área de vedação no rosto, e não interferir com o perfeito funcionamento das válvulas ou dos filtros
Não. De acordo com o PPR-FUNDACENTRO, item 4.3, e a observação “b” da Tabela de Fatores de Proteção Atribuídos, a Máscara Autônoma de demanda, como muitas vezes são chamados os respiradores sem pressão positiva, não deve ser usada nas situações de incêndio.
Quanto a emergência, como na ocorrência de vazamento de gases tóxicos, a máscara autônoma sem pressão positiva, somente poderia ser usada se a concentração do ambiente fosse, com certeza de até 10 vezes o LT. Se a concentração for desconhecida, o ambiente deve ser considerado Imediatamente Perigoso à Vida ou à Saúde (IPVS) (ver PPR-FUNDACENTRO. item 4.2.2.2 item “a”), e os respiradores que devem ser usados neste caso são a máscara autônoma de demanda com pressão positiva, ou o respirador de linha de ar comprimido (peça facial inteira) de fluxo contínuo, ou de demanda com pressão positiva.
A seleção do respirador deve ser feita seguindo o roteiro apresentado no PPR-FUNDACENTRO item 4.2.2.2, que aborda as seguintes situações:
1- se não se conhece qual contaminante está, ou poderá estar, presente;
2- se não existir limite de exposição;
3- atmosferas deficientes de oxigênio;
4- concentração do contaminante é desconhecida;
5- concentração do contaminante é conhecida.
A seleção do respirador, e dos filtros, quando existirem, deve ser feita seguindo o roteiro apresentado no PPR-FUNDACENTRO item 4.2.2.2, que aborda as seguintes situações:
1- se não se conhece qual contaminante está, ou poderá estar, presente;
2- se não existir limite de exposição;
3- atmosferas deficientes de oxigênio;
4- concentração do contaminante é desconhecida;
5- concentração do contaminante é conhecida
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